Quantos anos dos Mamonas Assassinas em 2025
Descubra quantos anos teriam os integrantes dos Mamonas Assassinas em 2025 e reflita sobre o legado eterno deixado por esta banda que marcou gerações com seu humor irreverente e músicas inesquecíveis.
GOOD TIMES VINTAGE
PAMELA GOMES
5/19/20257 min ler


Quantos anos os Mamonas Assassinas teriam hoje?
Imagine só abrir os olhos numa manhã qualquer de 2025 e dar de cara com um outdoor gigante: "Mamonas Assassinas — Turnê de 30 anos". Um arrepio percorreria sua espinha, não é mesmo? Aquele pensamento inevitável surgiria: "Puxa, como seria ver Dinho saltitando pelo palco hoje, já com seus cabelos grisalhos, mas ainda gritando 'Vira-Vira' a plenos pulmões?"
(Confesso que às vezes me pego criando essas realidades paralelas na mente. Vocês também?)
Quando o tempo congela em pleno voo
Um Learjet deslizando pela pista do aeroporto de São Paulo. Cinco rapazes de Guarulhos embarcando com sorrisos largos e a sensação de que o mundo estava, finalmente, aos seus pés. Não imaginavam que aquele momento seria congelado para sempre no nosso imaginário coletivo.
O relógio marcava 23h16 quando o Brasil parou. O desastre aéreo que levou Dinho (27 anos), Bento Hinoto (22), Samuel Reoli (24), Júlio Rasec (27) e Sérgio Reoli (23) transformou de forma brutal uma história de ascensão meteórica em luto nacional.
Mas aqui estamos nós, quase três décadas depois, ainda calculando o tempo como "antes dos Mamonas" e "depois dos Mamonas". Há algo de profundamente humano nessa matemática de saudade.
A conta que ninguém quer fazer (mas todo mundo faz)
Se estivessem entre nós em 2025, nossos irreverentes garotos de Guarulhos estariam com:
Dinho (Alecsander Alves): 56 anos
Bento Hinoto (Alberto Hinoto): 51 anos
Samuel Reoli: 53 anos
Júlio Rasec (Júlio Cesar): 56 anos
Sérgio Reoli: 52 anos
Números frios que escondem uma pergunta mais profunda: o que teria acontecido com aquela energia indomável ao longo dos anos? Teriam eles se reinventado como os Rolling Stones, ou teriam seguido a rota dos Titãs, com formações que se transformam? Ou quem sabe, após um hiato, retornariam triunfantes como os Guns N' Roses?
Na verdade, pensando melhor... talvez essas comparações com bandas que seguiram "a receita tradicional do rock" não façam muito sentido. Os Mamonas nunca seguiram receita alguma.
A matemática impossível dos sonhos interrompidos
Cinco músicos. Apenas 14 meses de sucesso nacional. Um único álbum lançado. Mais de 3 milhões de cópias vendidas em tempo recorde.
A curta trajetória dos Mamonas desafia qualquer lógica da indústria musical. Eles eram a personificação daquele ditado sobre meteoros que brilham intensamente por pouco tempo — embora, claro, ninguém imaginasse que seria TÃO pouco tempo assim.
Seu único álbum oficial foi gravado em apenas 12 dias e lançado em junho de 1995. Em menos de um ano, os ingressos para seus shows se esgotavam em horas, suas músicas dominavam as rádios, e suas aparições na TV alcançavam recordes de audiência.
O Brasil inteiro cantava "Pelados em Santos", "Vira-Vira" e "Robocop Gay" como se fossem hinos nacionais alternativos. E talvez fossem mesmo — hinos de um país que, pela primeira vez após anos de recessão econômica e turbulência política, voltava a sorrir com gosto.
A curva ascendente que nunca vimos
Há uma tristeza peculiar em calcular trajetórias interrompidas. É como resolver uma equação matemática onde metade dos números foram apagados.
Se a curva de sucesso dos Mamonas continuasse na mesma velocidade astronômica, para onde teria ido? Alguns especialistas musicais arriscam que eles teriam:
Lançado entre 10 e 15 álbuns de estúdio até hoje
Explorado novos gêneros além do rock humorístico
Possivelmente conquistado mercados internacionais (imagina Dinho soltando suas pérolas em espanhol ou inglês?)
Influenciado diretamente pelo menos duas gerações de músicos brasileiros
Mas o que realmente nos parte o coração é imaginar os momentos pessoais que perderam. Dinho nunca viu a virada do milênio. Bento nunca conheceu um smartphone. Samuel jamais ouviu falar em streaming musical. São ausências que vão muito além dos palcos.
O envelhecimento que nunca aconteceu
Existe algo de Peter Pan nos Mamonas Assassinas. Eles permanecerão para sempre jovens em nossas memórias — congelados naqueles figurinos coloridos e naquela energia frenética de quem acabou de descobrir que a fama bateu à porta.
É difícil imaginá-los cinquentões. Dinho com rugas ao redor dos olhos quando desse aquele sorriso característico? Bento tocando com óculos de leitura? Sérgio com os cabelos rareando?
(Embora eu aposte que Dinho faria piadas impagáveis sobre calvície e artrite durante os shows).
A verdade é que nunca saberemos como seria essa versão madura dos Mamonas. E talvez essa seja a maior crueldade do destino — nos privou não apenas do que eles eram, mas de tudo que poderiam ter se tornado.
Além dos números: o legado que não envelhece
Há quem diga que os Mamonas Assassinas não teriam sobrevivido aos anos 2000. Que seu humor escrachado encontraria barreiras nas novas sensibilidades sociais. Que suas letras precisariam evoluir.
Discordo respeitosamente.
Os Mamonas tinham algo que transcende épocas: autenticidade. Eles nunca tentaram ser algo que não eram. A irreverência vinha de um lugar genuíno, de cinco amigos que simplesmente se divertiam fazendo música.
E essa autenticidade é precisamente o que faz com que, 30 anos depois do acidente, adolescentes que nem eram nascidos quando a tragédia aconteceu ainda saibam cantar "É o Tchan" do início ao fim.
Não é só nostalgia dos quarentões e cinquentões que viveram a época. É um legado que, de alguma forma misteriosa, consegue ser ressignificado por cada nova geração.
A idade das canções
Se as músicas dos Mamonas fossem pessoas, já estariam beirando os 30 anos. Estariam formadas, possivelmente casadas, talvez com filhos pequenos. Seriam millennials enfrentando crises de meia-idade precoce e questionando suas escolhas de carreira.
Mas, curiosamente, essas "pessoas-músicas" não envelheceram um dia sequer. "Pelados em Santos" ainda soa tão fresca e espontânea quanto no dia em que foi gravada. "Sabão Crá-Crá" ainda arranca as mesmas gargalhadas. "1406" ainda faz os mesmos olhos revirarem com seu duplo sentido escancarado.
É como se essas canções existissem num universo paralelo onde o tempo não passa — um pequeno milagre sonoro que desafia nossa compreensão sobre o envelhecimento cultural.
Os filhos que nunca nasceram
Talvez o cálculo mais doloroso não seja sobre a idade que os Mamonas teriam hoje, mas sobre os "filhos musicais" que nunca geraram.
Quantas bandas teriam surgido diretamente inspiradas por eles? Quantos álbuns teriam produzido para outros artistas? Quais colaborações musicais teríamos testemunhado?
Pense só: Dinho e Gabriel O Pensador numa faixa juntos. Os Mamonas e Raimundos em turnê conjunta. Uma participação surpresa num show do Planet Hemp. Uma versão Mamonas de algum hit internacional absurdo dos anos 2000.
São universos alternativos musicais que existem apenas em nossas imaginações — uma árvore genealógica artística que foi brutalmente podada antes de florescer completamente.
A matemática da memória coletiva
O Brasil tem uma relação peculiar com seus ídolos que partiram cedo. De Ayrton Senna a Paulo Gustavo, de Cazuza a Marília Mendonça — guardamos um espaço especial para aqueles que nos deixaram no auge.
Mas os Mamonas ocupam um nicho único nesse panteão. Talvez porque representassem tão perfeitamente o espírito brasileiro: irreverentes, criativos, capazes de rir das próprias dificuldades e transformar limitações em arte.
Ou talvez porque sua partida tenha sido tão absolutamente chocante — cinco vidas apagadas de uma vez só, no momento exato em que começavam a colher os frutos de anos de perseverança.
Seja qual for o motivo, a cada março, religiosamente, as rádios voltam a tocar suas músicas com mais frequência. Os documentários são reprisados. As homenagens surgem espontaneamente. E uma nova geração pergunta aos pais: "Quem eram os Mamonas Assassinas?"
O futuro que nunca chegou (mas que construímos em nossa mente)
Se fechássemos os olhos e imaginássemos os Mamonas em 2025, como seria?
Dinho provavelmente teria se aventurado como apresentador de TV em algum momento — seu carisma naturalmente o levaria para este caminho. Bento talvez tivesse uma marca de instrumentos musicais. Samuel possivelmente se tornaria um produtor respeitado.
Teriam passado por separações temporárias? Quase certamente. Brigas públicas? É possível. Projetos solo que não deram muito certo? Provavelmente.
Mas algo me diz que estariam juntos novamente agora, fazendo shows para três gerações de fãs simultâneas — avós, pais e netos cantando juntos "Mundo Animal" a plenos pulmões.
E, conhecendo o humor ácido que tinham, certamente fariam piada da própria idade. "Agora é 'Pelados em Santos' com receita de Viagra", brincaria Dinho. "O Robocop já está enferrujado", completaria Bento.
O que teriam feito na pandemia?
Uma curiosidade que nunca saberemos: como os Mamonas teriam lidado com o isolamento social de 2020? Teriam sido pioneiros em lives? Lançado músicas sobre quarentena e álcool em gel?
Imagino Dinho com um moicano ainda mais extravagante (agora assumidamente tingido para esconder os cabelos brancos), contando piadas sobre máscaras e vacinas. Consigo visualizar perfeitamente um hit viral chamado "Coronavírus Enrustido" ou algo igualmente absurdo.
E tenho quase certeza que teriam encontrado formas criativas de continuar conectados com os fãs — afinal, adaptabilidade sempre foi o forte deles. Lembremos que antes do sucesso explosivo como Mamonas, eles já haviam tentado vários estilos musicais como Utopia.
O agora que temos
Enquanto escrevo estas linhas na redação da 98 FM Rio, olho para um pôster dos cinco rapazes na parede. Sorrisos largos, cabelos coloridos, poses exageradas. Uma imagem congelada no tempo.
E percebo que, apesar de todas as conjecturas sobre quantos anos teriam ou como estariam hoje, o que realmente importa é o que deixaram. Não o que poderiam ter deixado se o destino fosse diferente, mas o que efetivamente está aí — soando nos fones de ouvido de adolescentes que nem eram nascidos quando eles partiram.
Há algo de profundamente poético no fato de que, embora seus corpos físicos não tenham envelhecido um dia sequer desde aquela fatídica noite de março, sua música continua crescendo, se expandindo, alcançando novos ouvidos e corações.
Talvez essa seja a verdadeira imortalidade.
A resposta que não é apenas numérica
Então, quantos anos os Mamonas Assassinas teriam hoje?
A resposta matemática é simples: entre 51 e 56 anos. Mas essa resposta não captura a essência da pergunta, não é mesmo?
Porque o que realmente queremos saber quando fazemos esse cálculo é algo mais profundo. É sobre o tempo que não volta, sobre potenciais interrompidos, sobre vidas que tocaram milhões de outras vidas em um período absurdamente curto.
Os Mamonas existem hoje numa dimensão diferente da cronológica. Eles têm a idade da nossa saudade — que, curiosamente, não envelhece. Pelo contrário, parece se renovar a cada geração.
E enquanto houver alguém para apertar o play em "Vira-Vira" pela primeira vez e sentir aquele sorriso inevitável se formando no rosto, os cinco rapazes de Guarulhos continuarão tendo a idade mais importante de todas: a da relevância.
Em tempo: se você agora está com vontade de maratonar todo o repertório deles, a Rádio 98 FM Rio preparou uma programação especial para matar essa saudade. Porque, afinal, good times são também aqueles que nos fazem lembrar — com um sorriso no rosto e um nó na garganta — de quem marcou nossas vidas com música e alegria.
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Mamonas Assassinas - Vira-Vira

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