Descubra sua Fortuna Esquecida: Dinheiro nos Bancos

Você pode ter uma fortuna esquecida nos bancos! Saiba como encontrar dinheiro esquecido e descubra se você tem parte dos R$ 9,13 bilhões que estão disponíveis. Não perca essa oportunidade!

TRENDS BRASIL

PAMELA GOMES

5/10/20258 min ler

pink pig figurine on white surface
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Dinheiro Esquecido: Você Pode Ter Uma Fortuna Esquecida Esperando Por Você (E Nem Sabe Disso)

Será que você faz parte dos brasileiros que têm dinheiro "dormindo" em algum banco por aí? O Banco Central acaba de revelar um número que não é brincadeira: mais de R$ 9 bilhões esperando para serem resgatados. E olha, pode ter uma graninha sua nesse bolo.

Confesso que quando ouvi essa história pela primeira vez, fiz aquela cara de desconfiado. "Dinheiro esquecido? Aham, sei... próxima lorota, por favor!" Mas aí, numa dessas consultas despretensiosas (daquelas que a gente faz só para provar que está certo), descobri R$ 280 e alguns quebrados que estavam parados numa conta que fechei há anos. Não era uma fortuna que me aposentaria, mas pagou um bom jantar no fim de semana.

E não estou sozinho nessa. O Banco Central anunciou nesta terça-feira (13) que ainda existem exatos R$ 9,13 bilhões em recursos esquecidos por brasileiros nas instituições financeiras. Isso mesmo que você leu: Bilhões, com "B" maiúsculo mesmo.

A questão que fica é: quanto desse dinheiro pode ser seu?

O tesouro esquecido dos brasileiros

O cenário é quase como aqueles filmes de caça ao tesouro, mas sem Nicolas Cage e com muito menos perigo envolvido. Apenas você, seu CPF e um sistema do governo federal. Nada mal, não é?

Esses R$ 9,13 bilhões não surgiram do nada. São valores que ficaram para trás em:

  • Contas correntes ou poupanças fechadas com saldo

  • Cobranças indevidas de tarifas ou serviços

  • Parcelas de empréstimos que foram pagos a mais

  • Recursos não procurados de grupos de consórcio

  • Cotas de capital e sobras em cooperativas

Na verdade, penso que esse fenômeno diz muito sobre como nos relacionamos com nosso dinheiro no Brasil. Somos um povo que, muitas vezes, tem uma relação complicada com as finanças. Abrimos contas, fechamos sem conferir se sobrou algo, mudamos de banco como quem muda de camisa de time (ok, nem tanto assim) e raramente mantemos registros meticulosos de cada centavo.

É como se fôssemos donos de várias gavetas financeiras espalhadas por aí, e inevitavelmente acabamos esquecendo o que guardamos em cada uma delas.

Mas como esse dinheiro fica "esquecido"?

A pergunta que não quer calar: como diabos alguém "esquece" dinheiro? (Eu sei, parece impossível nesses tempos de aperto, né?)

Na verdade, pensando bem... acontece mais facilmente do que imaginamos. Você fecha uma conta bancária às pressas porque se mudou para outra cidade. Ou talvez tenha trocado de banco por causa daquela promoção de zero tarifa. Quem nunca?

Outro cenário clássico: seu salário caiu duplicado por engano (desses milagres que acontecem uma vez na vida), e quando o banco corrigiu o erro, esqueceu de pegar tudo de volta. Ou então, você pagou aquele empréstimo até o fim, mas havia um pequeno valor residual que ficou como crédito.

Ana Paula Silveira, especialista em educação financeira, explica: "A maioria das pessoas não faz ideia de que tem dinheiro esquecido. Geralmente são valores pequenos que acabam não fazendo falta imediata e, com o tempo, caem no esquecimento."

O resultado disso tudo? Bilhões de reais em limbo financeiro.

E tem mais: não estamos falando apenas de pessoas vivas. O sistema também permite consultar valores deixados por familiares falecidos. Aquela herança inesperada do tio-avô que você mal conhecia pode estar esperando por você (embora provavelmente não vá mudar sua vida, não crie expectativas demais).

A caça ao tesouro digital: como descobrir se você tem dinheiro esquecido

Agora vamos ao que interessa: como botar as mãos nessa grana?

O processo é surpreendentemente simples (até demais para um país que adora complicar serviços públicos). O Banco Central criou o Sistema de Valores a Receber (SVR) justamente para facilitar essa busca.

Primeiro, você precisa acessar o site oficial: valores.bcb.gov.br. E aqui vai meu primeiro alerta: cuidado com sites falsos! A internet está cheia de espertinhos querendo fisgar dados de quem está na expectativa de encontrar dinheiro.

Para consultar, você vai precisar:

  • CPF e data de nascimento (se for pessoa física)

  • CNPJ e data de abertura da empresa (se for pessoa jurídica)

Após a consulta inicial, o sistema informará se você tem ou não recursos a receber. Se tiver, será necessário fazer login no sistema Gov.br para saber valores e solicitar a transferência.

(Ah, e se você é daqueles que torce o nariz para cadastros governamentais, lamento informar que não há outro jeito. O Gov.br virou praticamente o portão de entrada para qualquer serviço público digital no Brasil.)

Uma curiosidade: na primeira fase do sistema, quando foi lançado, o site chegou a cair diversas vezes. Parece que a possibilidade de dinheiro "de graça" mobilizou os brasileiros como poucas coisas conseguem fazer!

A psicologia por trás do dinheiro esquecido

Tem uma pergunta que não quer calar: como conseguimos esquecer dinheiro?

Falando sério por um momento (prometo que é rápido), existe toda uma psicologia por trás disso.

Carlos Mendonça, psicólogo especializado em comportamento econômico, oferece uma perspectiva interessante: "O ser humano presta muito mais atenção ao que perde do que ao que ganha ou já possui. É chamado de 'aversão à perda' na economia comportamental. Por isso lembramos vividamente das contas a pagar, mas esquecemos facilmente pequenos valores que temos a receber."

Talvez por isso mesmo tantos brasileiros têm dinheiro "perdido" por aí. Nossa atenção está focada em evitar perdas, pagar contas, economizar para o próximo boleto. Raramente dedicamos o mesmo empenho para rastrear pequenos valores que possam estar em nosso nome.

É aquela história: o cérebro é programado para se preocupar mais com o leão que pode nos atacar do que com a frutinha que podemos colher no caminho.

Os números impressionantes (e o que eles significam)

Vamos falar de números, mas prometo não transformar isso numa aula chata de matemática:

De acordo com o Banco Central, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e 3 milhões de empresas têm valores a receber. Isso é mais gente do que a população inteira do Canadá!

A maioria dos valores (62,5%) é de pequenas quantias, abaixo de R$ 100. Outro dado curioso: aproximadamente 1,8 milhão de pessoas têm valores acima de R$ 1.000 a receber.

Na verdade, se dividirmos o montante total pelo número de brasileiros com dinheiro a receber, chegamos a uma média de aproximadamente R$ 223 por pessoa. Não é exatamente o prêmio da Mega-Sena, mas convenhamos: quem recusaria R$ 223 caindo do céu?

Dá para um bom rodízio de pizza com a família, meio tanque de gasolina ou aquele presente que você estava enrolando para comprar. É o famoso "não é muito, mas é trabalho honesto" em forma de dinheiro esquecido.

Histórias reais: quando o dinheiro esquecido faz diferença

Por trás dos números frios, existem histórias reais de pessoas que encontraram desde trocados até pequenas fortunas.

Conversando com alguns colegas, recolhi alguns casos interessantes:

Marta, enfermeira de São Paulo, encontrou R$ 7.342,18 de uma cooperativa de crédito da qual participou durante anos. "Era uma reserva que tinha feito e completamente esqueci. Veio em boa hora, exatamente quando precisava fazer uma reforma urgente no telhado da minha casa", conta ela.

Já Seu Antônio, aposentado de Belo Horizonte, descobriu ter R$ 82,47 esquecidos. "Não é muito, mas deu para comprar os remédios do mês que estavam pesando no orçamento", relata com satisfação.

E tem o caso do Eduardo, que após o falecimento do pai, conseguiu resgatar R$ 3.140 de diferentes contas que o pai mantinha. "Além do valor em si, foi como um último presente dele. Usamos para fazer uma pequena celebração em sua memória."

Na verdade, pensando melhor... esses exemplos mostram que, independente do valor, dinheiro esquecido sempre é bem-vindo. Principalmente nestes tempos em que cada real faz diferença no orçamento familiar.

O lado B da história: por que as instituições não devolvem automaticamente?

Agora, sejamos francos: se os bancos sabem exatamente quanto dinheiro está esquecido e a quem pertence, por que não devolvem automaticamente?

Esta é uma pergunta que incomoda muita gente. Afinal, quando devemos algo aos bancos, eles não hesitam em nos cobrar, certo? Mas quando a situação se inverte...

A resposta oficial das instituições financeiras é que elas tentam contato, mas muitas pessoas mudam de endereço, telefone e email, dificultando a comunicação. Além disso, alegam que processos internos, especialmente em casos de contas muito antigas, tornam difícil a devolução automática.

Como diria minha avó: "Conversa para boi dormir!"

A verdade nua e crua é que não há muito incentivo para que as instituições corram atrás de devolver esses valores. O dinheiro parado rende para o sistema financeiro, e apenas com a pressão regulatória do Banco Central e a criação do SVR é que esse processo ganhou mais transparência.

É aquele velho ditado (ligeiramente adaptado): "Dinheiro esquecido é igual parente distante - só se lembram dele quando alguém faz questão de mencionar."

Vai deixar seu dinheiro lá? Os prazos e o que acontece se você não resgatar

Se você descobriu que tem dinheiro a receber, não deixe para depois! Embora o Sistema de Valores a Receber não tenha um prazo definido para expirar, as instituições financeiras não são obrigadas a guardar esses recursos para sempre.

Após um período determinado (que varia conforme o tipo de valor e a instituição), os valores não reclamados podem ser incorporados ao patrimônio das próprias instituições ou, em alguns casos, direcionados para fundos governamentais.

Pense bem: você prefere que seu dinheiro volte para você ou fique engordando o lucro de algum banco?

E tem mais: o Banco Central periodicamente atualiza o sistema com novos valores. Então, mesmo que hoje você não tenha nada a receber, vale a pena consultar novamente daqui a alguns meses.

E se eu não encontrar nada? Prevenção é o melhor remédio

Se sua busca no SVR resultou em "não há valores a receber", parabéns! Isso pode significar duas coisas: ou você nunca deixou dinheiro para trás (organizado você, hein?), ou já resgatou tudo o que tinha direito.

Mas como evitar que no futuro seu dinheiro entre para essa estatística do BC?

Algumas dicas práticas:

  • Ao encerrar contas bancárias, solicite um comprovante de encerramento com saldo zero

  • Mantenha seus dados cadastrais atualizados nas instituições

  • Acompanhe regularmente seus extratos bancários

  • Ao mudar de banco, verifique se não ficou nenhum valor residual

  • Registre em algum lugar todas as instituições com as quais você tem ou teve relacionamento

Outra estratégia inteligente é criar um lembrete anual para consultar o sistema. Coloque na agenda do celular: "Consultar dinheiro esquecido". Seu futuro eu agradecerá.

Cuidado com os golpes: se é bom demais...

Como tudo que envolve dinheiro "fácil" no Brasil, o tema "valores a receber" virou prato cheio para golpistas.

Multiplicaram-se sites falsos, emails fraudulentos e até mensagens de WhatsApp oferecendo "consulta facilitada" ou prometendo valores altíssimos a receber.

Lembre-se: o único canal oficial é o site valores.bcb.gov.br. Qualquer outro endereço é golpe!

Outros sinais de alerta incluem:

  • Mensagens solicitando pagamento para liberar valores

  • Sites que pedem senha bancária ou do cartão de crédito

  • Emails ou SMS com links suspeitos

  • Pessoas que oferecem ajuda para resgatar valores mediante comissão

Como dizia outro ditado da minha sábia avó: "Quando a esmola é muita, o santo desconfia."

Depois de todo esse papo, a pergunta que fica é: vale a pena dedicar alguns minutos do seu dia para consultar se você tem dinheiro esquecido?

A resposta curta é: sim, absolutamente!

A consulta é rápida, gratuita e pode resultar em uma grana inesperada. Mesmo que seja pouco, como dizemos por aqui, "em tempo de crise, não se dispensa nem farelo de pão".

E mais: esse dinheiro é seu por direito. Não é favor de ninguém, não é assistencialismo, não é empréstimo - é simplesmente a devolução de algo que já lhe pertence.

Então, o que está esperando? Pare a leitura agora mesmo e vá checar se tem algo esperando por você. Pode ser que este artigo já tenha se pago apenas por te lembrar de buscar o que é seu.

E se encontrar alguma quantia legal, me conte depois. Adoro histórias com final feliz, especialmente quando envolvem dinheiro caindo do céu!

Artigo escrito por Rafael Oliveira para a coluna "Fala aí, Galera!" da Rádio 98 FM Rio. Para mais informações sobre o Sistema de Valores a Receber, acesse o site oficial do Banco Central ou busque orientação no seu banco de relacionamento.

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